26 de julho de 2008


Quem acha que já fez as coisas mais loucas, quem já apanhou e surfou uma onda que o fez engolir em seca e agarra-se com toda a força à prancha, quem já fez downhill em BTT, quem já fez mergulho, quem já apanhou um eléctrico em andamento, quem já acelerou até aos 220km numa auto-estrada, quem já fez salto mortal num trampolim, quem já saltou de um rochedo para a água, posso-vos assegurar que não experimentar o sabor da ansiedade e da adrenalina até fazem um salto de paraquedas. A sensação de liberdade, a velocidade, a perspectiva completamente alterada da vida, do tempo, do espaço, do corpo, até da própria mortalidade...
É assombrosamente intenso, arrebatador e alucinante.
Subimos os dois numa avioneta que mais parecia um auto-carro indiano, apinhado, velho e sem qualquer luxo interior. A ansiedade no estômago, o barulho da hélice, a distância cada vez maior do solo. Subimos até aos 4200m entregues a uma cumplicidade arrojada, diferente dos mimos e dos ronronantes momentos de amor, uma cumplicidade reguila, intrépida de aventureiros destemidos. A troca de olhares, o toque na mão e o salto. 5o segundos em queda livre em que te esqueces de respirar. Uma velocidade vertiginosa, o vento, a sensação de não controlares nada. Depois o golpe do paraquedas, um sopro que te ergue no ar como uma pena, o pairar longo, o apreciar da paisagem, o re-agarrar dos sentidos, voltar a respirar.
Preparar a aterragem, a aproximação ao solo e cair, ficar um segundo (ou terão sido muitos) parada, quieta a sentir o calor da terra e imediatamente os teus braços, o teu abraço o teu beijo, o teu sorriso de felicidade de orelha a orelha, o calor de te ter de novo e da conquista.

Je t'aime...

1 comentário:

Pendragon disse...

J Bond & Bond Girl

Jump with a kiss